segunda-feira, 11 de maio de 2020

CHOVE CHUVA


Chove chuva miudinha
Na copa do meu chapéu
Eu também sou miudinho
Como as estrelas do céu

As estrelas do céu correm
Eu também quero correr
Elas correm atrás da Lua
Eu atrás do bem-querer

Eu plantei e semeei
Semente preta na mata
Tua chegada me alegra
Tua saída me mata

Cajueiro miudinho
Carregado de flor
Eu também sou miudinho
Carregado de amor


sábado, 9 de maio de 2020

LUA CRISTALINA


Como vens tão vagarosa
Oh formosa e branca Lua!
 vens com tua luz serena
Minha pena consola
Geme aos céus mangueira antiga
Ao mover-se ao ronco do vento
E renova meu tormento
Que me obriga à suspirar

Entre pálidos desmaios
À chorar teu rosto lindo
Que se eleva refletindo
Puros raios sobre o ar
A cansada fantasia
Nesta triste escuridão
Entregando-se à saudade
Principia à delirar

Já me assaltam, já me ferem
Melancólicos cuidados
São aspectos esfaimados
Que me querem devorar
A cansada fantasia
Nessa triste escuridão
Entregando-se à saudade
Principia à delirar

Que triste gemido!
Sai daquele cajueiro
E do pássaro argoreiro
O sentido lamentar
Lua sorridente linda!
Brilha nas águas cristalinas
E no telhado do meu lar




sexta-feira, 8 de maio de 2020

BORBOLETAS AZUIS

Ah que saudade que tenho da aurora da minha vida!
Da minha infância querida
Que os anos trazem mais

 Que amor, que sonho, que flores
Naquelas tardes fogueiras
Na sombra das bananeiras
Debaixo do laranjal

Como são belos os dias
Do despertar da existência
Respira a alma inocente
Como perfume a flor

O mar é lago sereno
O céu um manto azulado
O mundo um sonho dourado
A vida um sonho de amor

Livre filho das montanhas
Eu ia bem satisfeito
A camisa aberta ao peito
Pés descalços, braços nus

Correndo pelas campinas
Ao redor das cachoeiras
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis

quinta-feira, 7 de maio de 2020

POESIA DE GUERRA

Cresce o fumo aumenta, aumenta
Tolda-se todo o ar
Retina o blade atormenta
De fogo fuma estrondar
Corneta de minha terra
Chameja o facho de guerra
Rebenta jarro de luz
Altivo berra o canhão
Zune a bala, sangue ao chão
Toca corneta Jesus

Morre grande entre gigantes
Limpo, limpo de brasões
Pequenino como Dantes
Ao retumbar dos canhões
Silêncio ninguém esconde
Não te fizeram Visconde?!
Não tem título e medalha
Mas ao som da corneta
Dança a noite a baioneta
Pelos campos de batalha

Qual  a mais fortes das armas?
Armas firmes a mais certeira?
A lança, espada, a cravina?
Ou a funda aventureira?
A flecha ou bacamarte?
A espingarda ou a seta?
O fuzil ou a pistola?
Ou a granada de peça?
Ou o punhal ou a faca?
Ou a língua para conversar?

Elias vendo na terra
Aquela situação
Tanta gente ruim
Brigando em cima do chão
Eu fui andar pelo espaço com a caneta na mão
Pedi à Deus do céu para me dar proteção
De volta sobre a Terra com a sua proteção
De aconselhar os povos
para fazerem união
Pedi à Deus 



quarta-feira, 6 de maio de 2020

A FÉ DE ELIAS

Botei papel sobre a mesa
Botei caneta na mão
Vou lhe contar uma história
Acredite meu irmão
Nossa Senhora de Lourdes
Dentro do meu coração

No mês de fevereiro
V amos erguer nossas mãos
Para São Luiz de Gonzaga
Nossa Senhora de Lourdes
E meu São Sebastião

Nossa Senhora de Lourdes
Venha cá na minha mão
Me dê mais um carinho
Venha no meu coração
Para eu tá com este povo
Sempre fazendo oração

terça-feira, 5 de maio de 2020

EU AMEI

Eu amei uma divina criatura
Ela era a luz fatal do meu destino
Andando pelas prais de amargura
Eu por ela ui poético peregrino

Por ti eu abandonei tudo enquanto amava
Até os campos que brinquei quando criança
A própria luz do Sol que adorava
Quando eu vivia de amor uma esperança